Nos últimos meses, viralizou nas redes sociais, uma nova tendência de bem-estar: o “dark showering”, ou “banho no escuro”.
A prática consiste em tomar banho à noite, com pouca ou nenhuma luz, como forma de preparar o corpo e a mente para um sono mais profundo e restaurador.
De acordo com o psiquiatra e especialista em neurociência, Dr. Daniel Amen, a luz tem um impacto direto sobre o cérebro. “A luz influencia poderosamente o cérebro por meio de um sistema que conecta os olhos ao nosso relógio biológico interno”, explicou o médico.
De acordo com especialista, a exposição à luz intensa, especialmente à luz azul, estimula a liberação de cortisol, o hormônio do estresse, e reduz a produção de melatonina, essencial para o sono.
No entanto, quando você permanece em um ambiente escuro, o seu corpo compreende que aquele é o momento para relaxar. Dessa maneira, o sistema nervoso parassimpático entra em ação e o organismo inicia o processo natural de descanso e reparo.
Dr. Amen compara o escurecimento do ambiente a “reduzir o radar de ameaça do cérebro”. Com menos estímulos visuais, o sistema nervoso recebe menos informações para processar, o que reduz a atividade da amígdala, área responsável pelo medo e pela ansiedade.
“Menos estímulos fazem com que a parte lógica do cérebro reassuma o controle. É nesse momento que muitas pessoas relatam se sentir mais calmas, centradas e com a mente mais clara”, afirmou.
Para quem deseja experimentar, a recomendação é começar aos poucos:
De acordo com Amen, o cérebro “adora previsibilidade”, e criar rituais noturnos consistentes ajuda o corpo a entender que está na hora de desacelerar.
O dark showering é especialmente indicado para pessoas com ansiedade, insônia ou TDAH, já que reduz a carga sensorial e favorece a autorregulação emocional.
“Rituais sensoriais escuros não exigem que você faça algo para acalmar o cérebro — você cria um ambiente onde ele naturalmente desacelera”, diz o especialista.
Para algumas pessoas, o escuro total pode gerar desconforto. Amen recomenda adaptar o ritual conforme a necessidade: adicionar uma luz suave, música calma ou um aroma familiar pode tornar o ambiente mais acolhedor e seguro.
“Esse momento cria um espaço silencioso onde o sistema nervoso pode se recuperar”, destacou.
Contudo, se você não abre mão de tomar banho pela manhã, há uma opção complementar: o banho frio. Segundo Amen, ele estimula o nervo vago, reduz inflamações e ativa áreas cerebrais que ajudam na regulação emocional.
“Pela manhã, o frio energiza e foca a mente. À noite, deve ser breve e seguido de calor, para não interferir no sono”, concluiu.
Imagem de Capa: Canva
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