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Cientista japonês revela como o jejum pode prevenir doenças como câncer e Alzheimer

O cientista japonês Yoshinori Ohsumi entrou para a história da medicina ao desvendar os mecanismos da autofagia celular, um processo vital de “autolimpeza” das células.

Utilizando leveduras como modelo experimental nos anos 1990, Ohsumi conseguiu identificar os genes e mecanismos moleculares envolvidos na autofagia, abrindo caminho para uma nova compreensão sobre a saúde celular humana.

A autofagia (do grego auto, “si mesmo”, e phagein, “comer”) é essencial para a reciclagem de componentes celulares danificados. Esse processo permite que a célula degrade e reutilize suas próprias estruturas, mantendo seu equilíbrio e funcionalidade.

Quando a autofagia não funciona corretamente, podem surgir diversas condições de saúde, como câncer, infecções, doenças cardiovasculares, e até doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Mal de Parkinson.

Ohsumi demonstrou, com elegância científica, como as células eucarióticas ativam mecanismos autofágicos sob estresse ou jejum. Sua pesquisa foi tão impactante que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2016, reconhecendo a importância de sua descoberta para o entendimento dos processos biológicos fundamentais.

Desta forma, o jejum causa ausência de nutrientes, ativando sensores metabólicos que desencadeiam esse mecanismo de sobrevivência celular. Quando o corpo entra em jejum, as células precisam encontrar novas formas de gerar energia — e isso inclui a quebra de componentes celulares defeituosos, promovendo regeneração celular e desintoxicação interna.

Pesquisas indicam que protocolos como o jejum intermitente podem aumentar a eficiência da autofagia, trazendo benefícios como redução da inflamação, melhora na função cerebral e longevidade. Assim, a prática do jejum, quando feita com orientação adequada, pode ser uma aliada poderosa na prevenção de doenças degenerativas.

Do ponto de vista da medicina moderna e do envelhecimento celular, a descoberta da autofagia representa uma base sólida para o desenvolvimento de terapias inovadoras. Estudos atuais investigam formas de estimular a autofagia como estratégia para retardar o envelhecimento, melhorar a imunidade e prevenir doenças crônicas.

Com uma abordagem visionária, Yoshinori Ohsumi não apenas revelou um mecanismo celular crucial, mas também inspirou uma geração de cientistas a explorar como podemos otimizar nossa saúde por meio do conhecimento celular.

Imagem de Capa: Reprodução

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