O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, mas é especialmente comum entre veteranos de guerra.
Estima-se que 1 em cada 5 ex-combatentes apresente sintomas da condição, que envolve ansiedade, depressão e, em casos graves, risco de tirar a própria vida.
Recentemente, uma nova abordagem vem chamando a atenção de pesquisadores e terapeutas: o uso de cães de serviço no tratamento do TEPT. De acordo com estudos, os animais podem oferecer apoio emocional e físico essencial.
Dessa maneira, reduzindo os sintomas e melhorando a qualidade de vida dos veteranos.
O método tradicional para tratar o TEPT envolve terapia cognitivo-comportamental e medicamentos. Embora eficaz para muitos, nem todos respondem bem a essas abordagens.
Por isso, cresce o número de veteranos que buscam auxílio em cães especialmente treinados para lidar com crises de ansiedade e traumas emocionais.
Contudo, esses animais não servem apenas para ser companheiros, eles são treinados para reconhecer sinais de estresse e agir rapidamente. Podem, por exemplo, interromper um ataque de pânico, sinalizar quando alguém se aproxima por trás (evitando sustos) ou oferecer conforto físico em momentos de crise.
A simples presença desses animais tem se mostrado eficaz para reduzir níveis de cortisol, o chamado “hormônio do estresse”. Além disso, veteranos que convivem com cães de serviço relatam sentir-se mais felizes, calmos e com relações sociais mais saudáveis.
Mais do que técnicas de adestramento, o que realmente transforma a vida desses veteranos é o vínculo emocional criado com o animal. A lealdade e o afeto incondicional do cão oferecem uma sensação de segurança que muitos perderam após o trauma.
Essa conexão também estimula o retorno a atividades cotidianas, como caminhar, socializar e sair de casa — ações simples, mas muitas vezes desafiadoras para quem sofre com TEPT.
“Os cães ajudam seus tutores a se reconectarem com o presente”, explicam especialistas. “Eles funcionam como um ponto de ancoragem emocional, lembrando o veterano de que está seguro.”
No entanto, não são todos os veteranos que conseguem se adaptar à presença de um cão de apoio. Ter um animal exige tempo, cuidado e responsabilidade: é preciso alimentá-lo, passear, levar ao veterinário e garantir seu bem-estar físico e emocional.
Outro ponto delicado é o estigma social. Ao andar com um cão de serviço, o veterano torna sua condição visível — o que pode gerar desconforto em algumas situações. Além disso, há locais que ainda impõem restrições, mesmo com leis garantindo o direito de acesso desses animais.
Por isso, profissionais de saúde mental recomendam que os veteranos recebam orientação adequada antes de adotar um cão de serviço, para compreender tanto os benefícios quanto as responsabilidades envolvidas.
Pesquisadores continuam a estudar os efeitos dessa parceria entre humanos e cães a longo prazo, inclusive seu impacto nas famílias dos veteranos. Os resultados iniciais são promissores: os cães não apenas ajudam no controle do TEPT, mas também melhoram o humor, reduzem o isolamento e fortalecem laços afetivos.
Em meio a tantos desafios enfrentados após o retorno da guerra, esses animais têm se mostrado verdadeiros aliados.
Imagem de Capa: Canva
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