Brasileiro deportado dos EUA afirma que morou 35 anos ilegalmente no país

Na última sexta-feira (24), um voo dos Estados Unidos chegou ao Brasil trazendo 158 imigrantes deportados do país, incluindo 88 brasileiros, algemados e acorrentados. O governo Lula havia proibido o uso de algemas e correntes nos brasileiros deportados, e libertou todos os passageiros assim que desceram da aeronave.

De acordo com o Itamaraty, os outros passageiros deportados eram de diversas nacionalidades.

Muitas pessoas que vivem nos EUA estão sendo afetados pelas políticas rígidas de imigração adotadas durante o governo Donald Trump, que intensificou as deportações de imigrantes em situação irregular.

A voo tinha como destino o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), no entanto precisou fazer uma parada no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), para reabastecimento. Mas devido à problemas técnicos o voo não pode seguir viagem até Minas Gerais.

Entre os passageiros brasileiros deportados do país, inclui Sinval de Oliveira, de 51 anos, que afirma ter vivido por 35 anos ilegalmente em território norte-americano.

“Morava nos Estados Unidos há 35 anos e chegamos aqui com esse incidente. Rapidamente, recebemos toda a assistência e tenho só a agradecer a todos da equipe do Corpo de Bombeiros e de Direitos Humanos”, afirmou Sinval de Oliveira, com sotaque americano.

Após a parada em Manaus, o governo do Amazonas e a Prefeitura da capital ofereceram suporte aos passageiros, onde foram distribuídos colchões, alimentação, água e atendimento médico.

“Alguns passageiros já possuem algumas patologias e precisam de acompanhamento do uso de medicação, então estamos identificando esses pacientes para que eles possam receber assistência”, explicou o tenente Éverton Augusto, comandante de socorro da capital amazonense.

Desde 2017, no governo de Michel Temer, voos com brasileiros deportados dos Estados Unidos chegam ao Brasil uma ou duas vezes por mês, quase sempre às sextas-feiras.

Imagem de Capa: Reprodução/Donald J. Trump