No dia 3 de junho, o empresário Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, faleceu após realizar um procedimento estético conhecido como “peeling de fenol” em uma clínica na zona sul de São Paulo.
A clínica é administrada pela influencer Natalia Becker, que aplicou a técnica no rosto do jovem. A tragédia trouxe à tona os riscos associados a esse tipo de tratamento, que é considerado um dos mais agressivos na dermatologia estética.
Henrique Chagas agendou o procedimento com um mês de antecedência, buscando reduzir marcas no rosto.
Segundo o companheiro de Henrique, que o acompanhou até a clínica, após a aplicação do peeling, ele começou a sentir uma dor muito intensa e apresentava tremores. Depois de alguns minutos, ficou ofegante e gritou por socorro, ainda na sala de operação, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória.
O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado, mas Henrique já estava morto quando a ambulância chegou. A esteticista Natalia Becker já tinha ido embora quando a polícia chegou ao local.
A Polícia Civil investiga o caso como homicídio e aguarda os resultados dos exames para determinar a causa da morte. Natalia Becker, responsável pela aplicação, ainda não se apresentou para depor. Segundo o boletim de ocorrência, ela teria passado mal após o ocorrido e está sendo procurada pelas autoridades.
O peeling de fenol é uma técnica profunda de descamação da pele, utilizada para tratar rugas, flacidez, melasma e marcas de acne.
O processo envolve a aplicação de uma substância cáustica que provoca queimaduras controladas na pele, induzindo uma reação inflamatória que estimula a produção de colágeno.
Este método, apesar de eficaz para rejuvenescimento facial, é invasivo e pode causar necrose na pele, além de apresentar riscos significativos, como alterações na cor da pele e formação de cicatrizes permanentes.
Os especialistas alertam que o peeling de fenol não é indicado para todos os tipos de pele e deve ser realizado apenas por dermatologistas ou cirurgiões plásticos qualificados. Pessoas com problemas cardíacos, renais ou hepáticos são particularmente vulneráveis, devido ao potencial cardiotóxico do fenol, que pode provocar arritmias e até paradas cardíacas.
O peeling de fenol requer cuidados rigorosos no pós-operatório. A pele fica extremamente sensível e avermelhada por meses, e a exposição ao sol pode causar manchas permanentes.
O procedimento não deve ser visto como uma solução para todos os problemas de pele e é contraindicado para pessoas com tendência a cicatrizes e hiperpigmentação.
Especialistas enfatizam a importância de realizar o peeling de fenol somente em ambientes adequados e com profissionais qualificados, devido aos seus riscos significativos. Emerson Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), destaca que a seriedade com relação ao procedimento deve ser primordial, considerando suas possíveis complicações.
A morte de Henrique Chagas é um trágico alerta dos perigos associados a procedimentos estéticos invasivos como o peeling de fenol. A falta de regulamentação rigorosa e a busca por soluções rápidas para problemas de pele podem levar a consequências devastadoras.
É essencial que os pacientes estejam plenamente informados sobre os riscos e escolham profissionais qualificados para realizar qualquer tratamento estético.
Imagem de Capa: Rick Chagas
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