Reflexão

A gente avisa, avisa e avisa de novo; daí a gente cansa…

Um dos males que minam os relacionamentos vem a ser o costume, quando nos acostumamos demais com a pessoa e passamos a banalizar aquilo que ela possui de mais verdadeiro. Com isso, paramos de prestar atenção ao que ela diz ou demonstra, como se nada mais pudesse ser capaz de abalar os sentimentos dela para conosco. É como se, uma vez instalada a afeição, o amor e o comprometimento, tudo isso duraria para sempre. Não, não é tão simples assim.

Não podemos achar que somente a conquista de alguém já é garantia de que estaremos juntos dali em diante. Assim como tudo o que há, aquilo que não for cuidado, regado, alimentado e revivido, acaba arrefecendo, murchando, secando, morrendo enfim. É assim com as pessoas, com os sentimentos, com os objetos, é assim também com o amor. Nada é para sempre, a não ser o que for verdadeiro, o que ficar dentro de nós, o que nos fizerem, os sorrisos, as mãos dadas, cada “bom dia” e “boa noite”.

“E chega o dia em que a gente cansa, cansa de vez, cansa de uma vez por todas.”

E a gente tenta sempre fazer dar certo, porque a gente quer que dê certo, quer amar e ser amado para sempre, com tudo, apesar de tudo, mas sobretudo quer. E os dias começam a se arrastar e a gente vai avisando, vai alertando, chamando, como que implorando por atenção, por ser alguém de novo na vida do outro, que está seguindo sem nós. A gente avisa, avisa, a gente avisa de novo e de novo. E chega o dia em que a gente cansa, cansa de vez, cansa de uma vez por todas.

E o mais interessante é que, geralmente, o outro parece somente cair em si quando nós já não temos mais forças para tentar, quando esvaziamos por completo qualquer traço de afetividade de dentro de nós, quando já decidimos, já resolvemos, quando nossa dignidade não mais nos permite continuar ali. Dias, meses, anos de alerta, de sofrimento, de conversas, discussões, tudo em vão. Então, quando a pessoa nos vê de malas prontas, só assim percebe que não viverá sem nós. Sinto muito, já era.

“(…) não há força capaz de ser mais forte do que a dor do vazio (…)”

Ninguém consegue suportar fazer o papel de um nada por muito tempo, porque não há força capaz de ser mais forte do que a dor do vazio, do retorno que nunca chega, da reciprocidade que nunca é sentida, expressa, falada, explícita. E a gente simplesmente se cansa e, quando isso acontece, nada poderá nos convencer a ficar, pois então já será tarde demais.

Por: Prof. Marcel Camargo

Sábias Palavras

Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!

Recent Posts

Todos os 75 passageiros morreram em acidente de avião depois que o piloto deixou seus filhos adolescentes controlar o avião

Há apenas 30 anos, ocorreu uma das tragédias aeronáuticas mais terríveis da história, tudo porque…

1 hora ago

Jovem encontra câmera escondida em banheiro de casa alugada: “Ele acompanhava 24 horas”

Recentemente, uma adolescente de 16 anos descobriu uma câmera escondida em um banheiro. Portanto, gerando…

2 horas ago

Juíza responde se Davi é obrigado a dividir prêmio com namorada após separação

O relacionamento entre Mani Reggo e Davi Brito, vencedor do Big Brother Brasil 24, tem…

2 horas ago

Portugal reconhece pela primeira vez responsabilidade por escravidão e massacres no Brasil e discute reparação

Em um movimento histórico, Portugal reconheceu sua responsabilidade pelos crimes cometidos durante a era colonial.…

2 horas ago

Jovem com câncer terminal que comoveu as redes sociais se casa aos 17 anos: “Felizes para sempre”

Isabel Veloso, uma jovem de 17 anos, compartilha nas redes sociais sua rotina diária e…

4 horas ago

VÍDEO: Jovem de 14 anos é dada como desaparecida após sair para comprar lanche no interior de SP

A jovem Victória Lorrany Coutinho, de 14 anos, desapareceu na noite do domingo 21/04 depois…

5 horas ago