Você acredita que enxerga o mundo exatamente como ele é? A ciência mostra que a realidade visual que percebemos pode ser muito mais subjetiva do que parece — e a cultura em que você cresceu pode influenciar diretamente essa experiência.
Um estudo liderado por Ivan Kroupin, da London School of Economics, investigou como pessoas de diferentes culturas interpretam a chamada Ilusão do Cofre — uma imagem ambígua que pode parecer composta por retângulos ou círculos, dependendo de quem a observa.
Os resultados foram surpreendentes: participantes do Reino Unido e dos Estados Unidos viam principalmente retângulos. Já pessoas de comunidades rurais da Namíbia tendiam a ver círculos. Por quê?
A explicação está em uma teoria antiga, conhecida como “hipótese do mundo carpinteiro”. Segundo ela, quem vive em ambientes urbanos, cercado por construções retas e angulosas, tende a perceber o mundo de forma diferente daqueles que crescem em paisagens com formas mais naturais ou curvas — como cabanas circulares em aldeias africanas.
Outro estudo, conduzido por Dorsa Amir e Chaz Firestone, questiona essa hipótese usando uma ilusão de ótica ainda mais conhecida: a ilusão de Müller-Lyer, onde duas linhas idênticas parecem ter comprimentos diferentes por conta das pontas em forma de flechas.
Eles descobriram que essa ilusão de ótica engana não apenas humanos de diferentes culturas, mas também animais como pombos, peixes e até crianças que eram cegas de nascença. Ou seja, a explicação não pode estar apenas no ambiente cultural.
Esses estudos reforçam uma ideia poderosa: o que percebemos não é uma cópia fiel da realidade, mas uma interpretação construída pelo cérebro. Segundo o neurocientista Anil Seth, da Universidade de Sussex, a percepção é como uma “alucinação controlada”, moldada por nossas experiências, cultura e estrutura cerebral.
Mais do que diferenças entre culturas, é possível que haja variações significativas dentro de um mesmo grupo — por exemplo, entre pessoas neurotípicas e neurodivergentes. Compreender essa diversidade perceptiva pode ajudar a evitar generalizações culturais e a promover uma visão mais inclusiva da mente humana.
No fim das contas, a maneira como enxergamos o mundo diz tanto sobre nós quanto sobre a realidade. Como escreveu Anaïs Nin: “Não vemos as coisas como elas são, vemos as coisas como nós somos.”
E você, o que você viu na imagem? Círculos ou Retângulos? Deixe sua resposta nos comentários!
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