No dia de hoje (21/04), foi anunciado a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, deixando 1,3 bilhão de católicos do mundo lamentando a triste perda, cerca de dois meses após a internação hospitalar do pontífice com uma infecção que evoluiu para pneumonia nos dois pulmões e, posteriormente, insuficiência renal.
Francisco, que nasceu Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, se tornou o primeiro pontífice latino-americano da história quando foi eleito papado em 2013.
Em suas últimas horas de vida, ele ainda abençoou milhares de pessoas presentes na Praça de São Pedro no domingo de Páscoa, mas acabou falecendo nesta segunda-feira às 7h35 pelo horário local, em Roma.
O Vaticano agora inicia nove dias de luto oficial, mas o processo histórico do conclave — onde os cardeais se reunirão na Capela Sistina para escolher quem será o próximo papa — só começará daqui a pelo menos 15 dias.
O camareiro do Vaticano, atualmente cardeal Kevin Farrell, primeiro certifica oficialmente que Francisco está morto chamando seu nome três vezes ao lado de sua cama.
Depois disso, o escritório e os aposentos privados do Papa são lacrados e o anel papal será removido de seu dedo e quebrado com um martelo.
O corpo do Papa é vestido com vestes vermelhas e com uma mitra branca na cabeça, onde é levado para a Basílica de São Pedro, permanecendo em câmara funerária por três dias.
Desta forma, seu funeral ocorrerá dentro de seis dias e, então – diferentemente da maioria de seus antecessores – Francisco será enterrado na basílica de Santa Maria Maggiore, no bairro Esquilino, em Roma, em vez das grutas sob a Basílica de São Pedro.
O local escolhido para o sepultamento do Papa é uma das quatro principais basílicas papais. Sete papas — de Honório III em 1216 a Clemente IX em 1669 — foram sepultados lá.
Entretanto, Francisco rompeu a atual tradição, decidindo em 2023, que gostaria de ser enterrado em outro lugar, em um único caixão de madeira revestido de zinco.
Para o conclave, somente cardeais com 80 anos ou menos — 138 dos 252 atuais — poderão votar. Eles ficarão trancados dentro da Capela, sem acesso à tecnologia ou ao mundo exterior, até que um novo papa seja escolhido por maioria de dois terços.
O último conclave — quando o Papa Bento XVI deixou o cargo em 2013 — durou apenas um dia para terem uma decisão, mas tecnicamente pode durar semanas, meses ou até anos.
Nos tempos modernos, elas tendem a durar apenas alguns dias. Se, após cerca de duas semanas de votação, nenhum novo papa for escolhido, os cardeais podem optar pelo voto majoritário.
O primeiro dia do conclave começa com a missa ‘Pro eligendo Romano Pontificie’ para a eleição de um novo papa. Os cardeais se reunirão à tarde na Capela Paulina do Palácio Apostólico e depois seguirão para a Capela Sistina.
Ao fazê-lo, eles entoarão a Ladainha dos Santos e o hino latino Veni Creator, que implora aos santos e ao Espírito Santo que os ajudem em sua decisão. De pé sob a “Criação” de Michelangelo e antes de seu “Juízo Final”, cada cardeal coloca a mão sobre os Evangelhos e promete “com a maior fidelidade” nunca revelar os detalhes do conclave.
Também é realizada uma meditação sobre as qualidades necessárias para o próximo papa e os desafios futuros para a Igreja é feita pelo cardeal maltês Prosper Grech.
O mestre das celebrações litúrgicas então grita “Extra omnes”, que em latim significa “todos para fora”. Todos, exceto os cardeais, saem e a votação pode começar.
Cada cardeal escreve sua escolha em um pedaço de papel com as palavras ‘Eligo in summen pontificem’ (Eu o elejo como Sumo Pontífice). Um por um, eles se aproximam do altar e dizem: “Invoco como minha testemunha, Cristo Senhor, que será meu juiz, que meu voto será dado àquele que, diante de Deus, acho que deve ser eleito.”
A cédula dobrada é colocada em um prato redondo e deslizada para dentro de uma urna oval de prata e ouro.
No passado, um único cálice era usado para conter as cédulas, mas as mudanças no conclave feitas pelo Papa João Paulo II em 1996 exigiram três recipientes: um para as cédulas da capela, outro para os cardeais doentes no Vaticano, que podem votar de suas camas, e o terceiro para segurar as cédulas após a contagem.
Lá fora, da Praça de São Pedro, dezenas de milhares de católicos poderão assistir — junto com milhões de outros pela televisão ao redor do mundo — a fumaça saindo da chaminé da Capela Sistina após cada rodada de votação.
Fumaça preta significa que nenhuma decisão foi tomada, fumaça branca significa que um novo papa foi escolhido.
A fumaça sai das cédulas queimadas, e um corante é adicionado para garantir que a fumaça tenha a cor certa todas as vezes.
Depois que os cardeais escolherem entre eles, o mestre de cerimônias litúrgicas entrará na Capela Sistina e irá perguntar ao possível escolhido: “Você aceita sua eleição canônica como Sumo Pontífice?” Supondo que se diga “Aceito”, o cardeal será então questionado sobre o nome pelo qual deseja ser conhecido.
O novo papa receberá sua icônica batina branca, antes que cada cardeal se aproxime dele para jurar obediência.
O novo Papa então aparecerá na sacada com vista para a Praça de São Pedro para se dirigir aos fiéis jubilosos pela primeira vez. À sua frente estará Dominique Mamberti, o Cardeal Protodiácono. Ele anunciará “Habemus Papam”, que significa “Temos um novo papa” em latim.
Imagem de Capa: Vaticano News
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