O iceberg A23a, considerado o maior do mundo atualmente, está se deslocando em direção à Ilha Geórgia do Sul, no Atlântico Sul, e levantando alertas entre cientistas, ambientalistas e autoridades marítimas.
Com uma área superior a 3.600 km², sua aproximação ameaça ecossistemas frágeis e representa riscos reais à navegação.
Em 1986, o A23a se desprendeu da plataforma de gelo Filchner-Ronne, na Antártida. Por mais de três décadas, ele permaneceu encalhado no fundo do Mar de Weddell.
No entanto, no final de 2023, começou a se mover livremente, impulsionado por correntes oceânicas após escapar de uma formação conhecida como coluna de Taylor — uma espécie de redemoinho submarino que pode prender objetos por anos.
Agora, sua jornada o leva em direção ao norte, onde encontra o arquipélago britânico de Geórgia do Sul no seu caminho.
Especialistas temem que o iceberg possa encalhar na plataforma continental da ilha, como ocorreu em 2004 com o iceberg A38. Desse modo, causando a morte de milhares de animais marinhos por não conseguirem acessar áreas de alimentação bloqueadas pelo gelo.
A Ilha Geórgia do Sul abriga uma biodiversidade única, com colônias inteiras de pinguins, focas-elefante e lobos-marinhos. Caso o A23a bloqueie rotas naturais, o impacto pode ser devastador para a fauna local, especialmente durante os períodos de reprodução e migração.
Se o A23a colidir com a costa ou encalhar nas águas rasas ao redor da ilha, há vários desdobramentos possíveis:
Além disso, fragmentos menores que se soltam do A23a também representam riscos, pois podem ocupar enseadas e baías inteiras. Assim, dificultando ainda mais o deslocamento de animais e embarcações.
Apesar das preocupações, o iceberg também oferece oportunidades únicas para a ciência. Equipes de pesquisa do British Antarctic Survey estão estudando a composição da água próxima ao A23a e seus efeitos no ciclo do carbono.
“A água ao redor do iceberg está cheia de nutrientes, plânctons e compostos químicos que, ao serem liberados com o derretimento, podem alterar significativamente os ecossistemas marinhos”, disse a pesquisadora Laura Taylor.
A observação desses processos ajuda os cientistas a entender como o degelo de grandes blocos de gelo influencia os oceanos e o clima global.
O desprendimento do A23a não está ligado diretamente ao aquecimento global. No entanto, especialistas alertam que o aumento das temperaturas nos pólos tem acelerado o colapso de plataformas de gelo na Antártida e Groenlândia.
Desse modo, tornando os episódios como esse cada vez mais frequentes e preocupantes.
O iceberg, que pode ultrapassar 400 metros de altura em algumas partes, está se deteriorando gradualmente com a exposição à água mais quente, o que pode levar a novos desprendimentos e rotas imprevisíveis.
Imagem de Capa: Canva
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