Nos Estados Unidos, um caso chocou o público e o meio jurídico do mundo inteiro. Em um tribunal, uma vítima de um homicídio “falou” com seu assassino por meio de um vídeo gerado com inteligência artificial.
O episódio aconteceu no Arizona, durante o julgamento de Gabriel Paul Horcasitas, condenado pela morte de Christopher Pelkey em uma discussão de trânsito.
A gravação, que simulava a aparência e a voz de Pelkey, foi apresentada pela família da vítima durante a audiência de sentença e emocionou todos os presentes. A iniciativa, embora legal, levanta questionamentos sobre os limites do uso da IA no sistema judiciário.
A ideia partiu de Stacey Wales, irmã de Pelkey, que encontrou dificuldades para escrever uma declaração pessoal. Portanto, ela decidiu criar um vídeo com a imagem do irmão falecido para que ele “falasse por si mesmo”.
Com a ajuda do marido, Tim Wales, e de um amigo especialista em avatares digitais, eles utilizaram um clipe antigo de Pelkey para replicar sua voz e estilo de fala. A equipe também criou uma imagem realista a partir de uma única foto, alterando digitalmente detalhes como barba, roupas e até removendo acessórios.
O vídeo foi exibido no tribunal com Pelkey dizendo frases como: “Lamento que tenhamos nos encontrado daquela maneira. Em outra vida, talvez fôssemos amigos. Eu acredito no perdão.”
O crime ocorreu em 13 de novembro de 2021. De acordo com os autos, Christopher Pelkey, de 37 anos, saiu de sua caminhonete durante uma discussão no trânsito e foi baleado por Gabriel Horcasitas, de 54 anos, no sinal vermelho.
Horcasitas foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e recebeu uma pena de 10 anos e meio de prisão.
O vídeo gerado por IA não substituiu provas formais, no entanto, fez parte da declaração de impacto da vítima, um recurso legalmente permitido no Arizona. Segundo o juiz Todd Lang, a gravação refletia o sentimento da família e complementava as mais de 50 cartas enviadas ao tribunal.
Contudo, o advogado de defesa entrou com recurso, alegando que o vídeo pode ter influenciado emocionalmente o juiz na decisão da pena. A apelação segue em análise pela corte estadual.
Imagem de Capa: Reprodução
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