A poluição dos rios e a contaminação da vida aquática voltaram ao centro do debate científico. Um estudo recente, conduzido por pesquisadores do King’s College London e da Universidade de Suffolk, revelou um dado alarmante ao descobrir que todos os camarões analisados em rios britânicos apresentavam traços de cocaína.
Essa descoberta levanta preocupações não apenas sobre a saúde dos ecossistemas aquáticos, mas também sobre a qualidade da água e os impactos a longo prazo na biodiversidade.
Os cientistas coletaram amostras de camarões da espécie Gammarus pulex em 15 locais diferentes de cinco bacias hidrográficas no condado de Suffolk, no Reino Unido, incluindo rios como Alde, Box, Deben, Gipping e Waveney.
A pesquisa, publicada na revista Environmental International, não se limitou à água: também foram analisados animais, plantas e sedimentos. Isso permitiu uma visão mais ampla da extensão da poluição.
O resultado revelou que além da cocaína — presente em todas as amostras — os testes revelaram um coquetel de substâncias, como:
• Cetamina
• Ansiolíticos (Xanax e Valium)
• Lidocaína, medicamento usado como anestésico
• Pesticidas proibidos
Embora as concentrações fossem baixas, os pesquisadores alertam que mesmo pequenas doses podem se acumular nos organismos e causar sérios impactos ambientais.
Os especialistas destacam que o descarte inadequado de medicamentos e produtos químicos no esgoto doméstico é uma das principais causas. Outros fatores incluem:
• Transbordamento de esgoto em períodos de chuva intensa
• Escoamento agrícola carregado de pesticidas e fertilizantes
• Ineficiência no tratamento de águas residuais – enquanto alguns sistemas conseguem remover até 90% dos contaminantes, outros eliminam apenas 35%.
Mesmo em pequenas quantidades, drogas e pesticidas podem prejudicar a fauna aquática. Estudos com enguias já mostraram que a exposição à cocaína pode alterar funções reprodutivas, comportamento e órgãos vitais como fígado, rins e brânquias.
No caso dos camarões, ainda não se sabe quais são os impactos diretos, mas os cientistas alertam para o risco de efeitos acumulativos ao longo dos anos.
Para o professor Nic Bury, da Universidade de Suffolk, a chamada “poluição invisível” precisa ser encarada com mais seriedade. Ele defende políticas públicas mais rígidas de monitoramento, descarte e tratamento de resíduos.
Os cientistas ressaltam que não se sabe se o problema é exclusivo de Suffolk ou se está presente em outras regiões do mundo. Também faltam estudos sobre os impactos de longo prazo no ecossistema aquático, como também nos seres humanos.
O que está claro é que a poluição química está cada vez mais presente e exige ações conjuntas entre pesquisadores, governos e sociedade para proteger a vida aquática e garantir água limpa para o futuro.
Imagem de Capa: Canva
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