Um novo medicamento bilionário vem chamando atenção por prometer mudar a forma como envelhecemos. Inicialmente usada como imunossupressor em transplantes de órgãos, essa molécula hoje está no centro de pesquisas que buscam soluções para câncer, diabetes e doenças relacionadas à idade.
Mas além do impacto na medicina, sua história guarda um passado pouco conhecido, que envolve uma expedição científica à Ilha de Páscoa (Rapa Nui), debates sobre ética na pesquisa e questões de biopirataria.
Em 1964, o rapamicina foi descoberto durante uma expedição canadense chamada METEI (Expedição Médica à Ilha de Páscoa). A equipe coletou amostras de solo em Rapa Nui e isolou uma bactéria chamada Streptomyces hygroscopicus.
Dessa cepa, os pesquisadores extraíram a molécula que mais tarde seria batizada de rapamicina, em referência ao nome indígena da ilha.
A expedição tinha como objetivo estudar a população local e seus padrões de saúde. No entanto, a forma como isso foi feito — sem participação ativa do povo Rapa Nui e com práticas que hoje seriam vistas como colonialismo científico — levanta até hoje questionamentos éticos.
Já em 1990, a rapamicina chegou ao mercado farmacêutico como o Rapamune, usado para evitar rejeição em transplantes e melhorar a eficácia de stents coronários.
Desde então, seu uso se expandiu para o tratamento de alguns tipos de câncer e está sendo amplamente estudada em doenças metabólicas, neurológicas e até como possível retardador do envelhecimento.
Atualmente, existem mais de 59 mil artigos científicos publicados sobre a rapamicina, consolidando-a como uma das drogas mais estudadas do mundo.
Seu mecanismo de ação envolve a inibição da proteína TOR (alvo da rapamicina quinase), que regula processos essenciais como crescimento celular, metabolismo e resposta imunológica.
De acordo com recentes pesquisas, a rapamicina possui a capacidade de aumentar a expectativa de vida e reduzir o risco de doenças ligadas à idade.
Dessa forma, a coloca como um dos grandes focos da chamada “medicina da longevidade”, campo que busca aumentar não apenas os anos de vida, mas também a qualidade deles.
Contudo, especialistas lembram que os efeitos colaterais e os riscos do uso em longo prazo ainda precisam ser melhor compreendidos antes que a substância seja usada amplamente em terapias anti-idade.
Imagem de Capa: Canva
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