A adolescência, fase marcada por transformações físicas, emocionais e sociais, sempre foi considerada como o período entre os 10 e 19 anos.
No entanto, estudos recentes defendem que ela pode se estender até os 24 anos de idade, mudando a forma como entendemos a transição entre juventude e vida adulta.
Pesquisadores australianos publicaram na revista Lancet Child & Adolescent Health que o desenvolvimento humano — tanto biológico quanto social — justifica ampliar esse marco. A ideia divide opiniões entre especialistas, que discutem se essa mudança fortalece ou infantiliza os jovens.
Os cientistas apontam diferentes razões para considerar que a adolescência vai até os 24 anos:
Caso se houver uma mudança definitiva sobre a idade da adolescência, políticas públicas, direitos e serviços voltados para essa faixa etária também terão de ser adaptados.
No Reino Unido, por exemplo, já existem programas que oferecem suporte até os 24 anos para jovens em situação de vulnerabilidade. Dessa maneira, reconhecendo que nem todos conseguem independência plena antes disso.
De acordo com uma das autoras do estudo, Susan Sawyer, essa redefinição pode ajudar a alinhar leis e práticas sociais com a realidade atual. Nos dias de hoje, os jovens demoram mais para assumir papéis adultos e precisam de apoio nessa transição.
Nem todos os especialistas concordam. A socióloga Jan Macvarish alerta que estender a adolescência pode “infantilizar” os jovens, tirando deles a responsabilidade de amadurecer e reforçando a ideia de que dependência seria algo natural até os 24 anos.
Para ela, estudar mais tempo, atrasar o casamento ou morar com os pais não significa necessariamente falta de maturidade. Pelo contrário, pode ser parte de um caminho de independência mais consciente.
Já outros estudiosos defendem que reconhecer a adolescência prolongada não é sobre infantilizar, mas sim sobre dar suporte adequado a uma geração que enfrenta mudanças biológicas, sociais e econômicas diferentes das anteriores.
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