Nas redes sociais, uma nova tendência vem chamando atenção. Diversos internautas afirmam que o Psyllium, uma fibra solúvel extraída da planta Plantago ovata, seria uma espécie de “Ozempic natural”.
Essa comparação, embora tenha viralizado em conteúdos sobre emagrecimento, é equivocada e pode levar a interpretações perigosas sobre saúde, nutrição e o uso de medicamentos.
Portanto, neste artigo, iremos explicar o por que Psyllium e Ozempic não são comparáveis.
O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é um medicamento injetável utilizado principalmente no tratamento do diabetes tipo 2 e, mais recentemente, como coadjuvante no combate à obesidade.
Ele atua imitando o hormônio GLP-1, responsável por funções importantes no controle do apetite, da glicemia e da digestão.
Ao simular a ação desse hormônio, o Ozempic age diretamente no sistema nervoso central, promovendo a redução do apetite, o aumento da saciedade e o retardo no esvaziamento gástrico.
Dessa forma, resultam em perda de peso significativa. Assim, ganhando destaque entre pessoas que desejam emagrecer, mesmo fora do contexto clínico para o qual foi criado.
É importante destacar que o Ozempic é um fármaco de uso controlado, só deve ser utilizado com prescrição médica e exige acompanhamento profissional. A medicação pode possuir efeitos colaterais, como náusea, constipação, refluxo e, em casos mais graves, risco de pancreatite.
Já o psyllium é uma fibra solúvel natural amplamente utilizada por seus benefícios digestivos. Quando consumido com água, ele forma um gel viscoso no intestino que contribui para a regulação do trânsito intestinal e promove sensação de saciedade.
Isso ocorre porque o gel criado pela fibra retarda a digestão e prolonga o tempo de esvaziamento gástrico — o que, por sua vez, ajuda a controlar a fome entre as refeições.
Além disso, o psyllium pode auxiliar na redução dos níveis de colesterol LDL e no controle da glicemia, sendo um ótimo aliado para pessoas com constipação intestinal ou que buscam melhorar o funcionamento digestivo.
No entanto, seus efeitos são mecânicos e digestivos, não hormonais, e por isso ele não pode ser classificado como substituto ou equivalente a um medicamento como o Ozempic.
A ideia de que o psyllium poderia ser um “Ozempic natural” é uma generalização perigosa. Esse tipo de afirmação banaliza a complexidade dos tratamentos médicos e cria expectativas irreais em quem busca emagrecer de maneira saudável.
Produtos naturais, por mais benéficos que sejam, não substituem intervenções clínicas indicadas para quadros como obesidade, resistência à insulina ou diabetes.
Tratar uma fibra digestiva como se fosse um remédio que atua diretamente no sistema hormonal é um erro que pode fazer com que pessoas deixem de procurar ajuda médica, recorrendo a soluções caseiras que não oferecem os resultados esperados.
Além disso, essa tendência reflete uma visão distorcida de que tudo que é natural é inofensivo e suficiente — o que não é verdade.
Antes de seguir qualquer tendência da internet, consulte um nutricionista ou médico especializado. Sua saúde não merece atalhos, merece atenção.
Imagem de Capa: Canva
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