
Era uma vez uma menina que cresceu no meio de um circulo de homens, essa menina era muito certinha, era aquela que ouvia e calava, aquela de quem a opinião não contava, aquela que tinha de se vestir como os outros queriam e não como queria, aquela que só podia ir aos lugares que os outros queriam, e que só podia e devia andar com este ou aquele porque os homens lá de casa queriam.
“(…) percebeu que o seu mundinho não devia ser assim como era, que quem devia tomar as rédeas da sua vida era ela.”
Mas um dia essa menina cresceu, e começou a conviver com mais liberdade e mais mulheres, e percebeu que o seu mundinho não devia ser assim como era, que quem devia tomar as rédeas da sua vida era ela.
Hoje quem veste as calças é ela, quem decide o que vestir e como vestir é ela, é ela que decide as suas companhias, é ela quem trabalha e paga as suas contas, é ela que resolve os seus problemas, é ela que se desenrasca quando é preciso, é ela que decide o que falar e com quem falar, hoje ela não tolera piropos, machismo e piadas secas sobre mulheres.
Hoje, ela é feliz sozinha, pois é muito complicado ter uma relação “calma e normal” com homens.
A maioria que conhece ainda continua com a mania de querer mandar nas mulheres, para se acharem superiores, ou para provarem que são maiores e melhores, muitos deles esquecem-se que as mulheres também têm de ter vida e opinião própria, que não precisam de um homem para se sustentarem, ou para aumentar o ego ou auto-estima, e que não são assim tão fracas e frágeis.
Hoje quem manda na vida dela, é ela, é muito mais feliz assim.
Por: Joana G. Torres