Você me faz acreditar no amor

Você fechou a porta e eu fiquei aqui pensando sobre tudo isso o que a gente tem sido. É difícil, meu bem, essa coisa de ter que dividir a rotina e tentar encaixar com a do outro; essa coisa de ter que comprar mais comida porque o outro vem e você precisa agradar. Não sei, ainda estou me acostumando. Teve um tempo em que eu achei que isso tudo era bobagem, que ter alguém que more na gente caía bem em alguns textos clichês, mas que na vida real essa coisa de se entregar, de pular de cabeça, não existia.

Existe, meu bem. Percebi quando você fechou a porta e me senti vazio porque ia ter que dormir sozinho. Me acostumei tanto com você aqui que sinto um vazio quando você precisa sair para resolver as coisas da tua vida e voltar só no outro fim de semana. Percebi quando eu fui ao mercado e pedi o dobro da quantidade sorrindo. Percebi quando você sorriu e eu pensei em sair correndo junto com você pelo mundo.

“Você volta e eu te abraço como se nunca mais o mundo pedisse pra eu te soltar, e me sinto preenchido de novo.”

Tem sido assim, meu bem. Você está aqui e eu me sinto completo. Você se vai, meu coração parte junto e fica um vazio. Você volta e eu te abraço como se nunca mais o mundo pedisse pra eu te soltar, e me sinto preenchido de novo. Você me transborda, meu bem, e é o motivo por eu ter passado a acreditar no amor.

Por traz dessa carcaça que parece rocha, tem alguém que percebeu o que é amar quando percebeu que o teu olhar completava aquilo o que me faltava. Porque por um tempo eu pensei que essa coisa era bobagem e só cabia em textos clichês, até que você me olhou e sorriu, e percebi que me sinto vazio sem você aqui.

Hoje eu acredito, meu bem. O amor tem cabido em mim também, e eu passei a escrever textos clichês. Esse é um, pra você.

Por: Júlio Hermann





Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!